Blog: Obras-Primas do Terror: Horror Espanhol – Morte ao Vivo

Ana Torrent em Morte ao Vivo

Por que o ser humano é tão fascinado pela violência? Em Morte ao Vivo, obra-prima de Alejandro Amenábar – que vale destacar tinha apenas 23-24 anos quando a realizou –, acompanhamos Ángela (Ana Torrent), uma estudante de cinema que está escrevendo uma tese sobre a violência audiovisual. Ainda no início do longa, vemos um trem ser evacuado após um homem pular nos trilhos para cometer suicídio.

Movida pela curiosidade, Ángela tenta espiar o estrago, mas é barrada por um segurança da estação. Em seguida, na faculdade, a jovem pede ao seu orientador que encontre os mais violentos filmes que estão disponíveis na biblioteca da instituição, e logo depois entra em contato com Chema, um estudante conhecido por colecionar e se interessar por este tipo de conteúdo mais extremo.

A fim de ajudar a orientanda, o professor Figueroa vai atrás do pedido de Ángela e procura entre os arquivos da faculdade um material que possa ser útil à aluna. O problema é que ao encontrar e assistir a essa tal fita violenta, o homem entra em choque, tem um ataque de asma e acaba falecendo. Importante destacar que nada de sobrenatural ou amaldiçoado está atrelado ao objeto.

A morte de Figueroa se deu pelo impacto do conteúdo da fita, que trazia um autêntico snuff-movie, no qual uma ex-estudante da faculdade era torturada e assassinada na frente da câmera. Como foi Ángela quem encontrou o professor morto na sala de projeção, ela pega a fita para assisti-la mais tarde. Com o auxílio de Chema, que consegue identificar o modelo de câmera usado na gravação, a moça encontra Bosco, um charmoso jovem que tem exatamente o tipo de câmera que eles estão procurando.

A partir dessa premissa, Amenábar conduz um brilhante suspense que tece um estudo sobre essa obsessão de muitas pessoas pelo “auge” da violência – afinal, se tem alguém produzindo os snuffs, é porque há um mercado obscuro interessado em consumir o conteúdo.

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Texto por: Pedro Degobbi

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